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Alex na entrevista para a Gazeta do Povo, com as perguntas dos leitores. (Brunno Covello/ Gazeta do Povo)
Alex na entrevista para a Gazeta do Povo, com as perguntas dos leitores. (Brunno Covello/ Gazeta do Povo)| Foto:
Alex na entrevista para a Gazeta do Povo, com as perguntas dos leitores. (Brunno Covello/ Gazeta do Povo)

Alex na entrevista para a Gazeta do Povo, com as perguntas dos leitores. (Brunno Covello/ Gazeta do Povo)

A contagem regressiva para a aposentadoria de Alex está chegando ao fim e cada vez mais se aproxima a nova fase na carreira do ídolo alviverde. O próprio Alex tem dito que pretende usar 2015 para se preparar para ser técnico. Uma carreira em que ele não sabe exatamente onde vai chegar, mas sabe por onde não vai passar de jeito nenhum: pelo banco de reservas do mandante do Couto Pereira. Isso mesmo, Alex não quer treinar o Coritiba.

 

Resposta em entrevista às estudantes de Jornalismo Catherine Baggio e Karina Sonaglio, alunas no 1º ano da Universidade Positivo da premiadíssima amiga e repórter especial da Gazeta do Povo, Katia Brembatti. A Katia – que, não espalhem, é são-paulina – cedeu gentilmente ao blog a entrevista, feita para um trabalho acadêmico.

 

A resposta do Alex sobre treinar o Coritiba está lá no final. Antes ele fala de Copa do Mundo, 7 a 1, futebol brasileiro x futebol europeu, Turquia, rebaixamento. Vale a pena conferir o ótimo trabalho da Catherine e a Karina, que merece um 10 da professora Katia. E, amanhã, tem aqui GP em texto, vídeo, código Morse e sinal de fumaça a entrevista com Alex somente com perguntas dos leitores. Também imperdível. Um aperitivo é a foto do post, clique do Brunno Covello, que perde muito gol, mas é um craque da imagem. E agora o post ganhou o vídeo da entrevista também. Lá no finzinho de tudo.

 

Como você viu a Copa do Mundo no Brasil?

Depende, tem dois aspectos. No técnico correu tudo bem, a coisa funcionou da maneira como nós do futebol imaginávamos, com bons jogos e grandes jogadores, algumas situações novas e um campeão que já era cotado como um dos favoritos a ganhar, que foi a Alemanha. Fora de campo a gente viu a alegria do povo brasileiro, que não nos causava dúvida de que tudo seria uma grande festa. E o que mais preocupava acabou acontecendo, o que esperávamos, principalmente em reformas nas cidades sedes, não aconteceu. O Brasil perdeu a grande oportunidade de ter investimentos fora do futebol. Então acredito que a Copa tenha sido, tecnicamente falando e pela festa, uma grande Copa. Mas para o povo brasileiro acredito que perdemos uma chance de algumas melhorias em vários setores.

 

E o vexame da equipe brasileira?

Eu não vejo muito como vexame. Claro que você olha o 7 a 1 e imagina um desastre, mas hoje você vê que foram dez minutos que a Alemanha se aproveitou. É um resultado que temos de analisar o porquê, como aconteceu e o que fazer para que as coisas sejam diferentes. Mas tratar como vexame no esporte eu acho meio injusto, porque às vezes acontecem coisas dentro de campo que fogem do controle, mas temos que nos aprofundar mais para saber porque o Brasil ofereceu esses dez minutos.

 

Essa suposta reformulação com o Dunga, você acha válida?

Eu não vejo como uma reformulação, sinceramente. Eu acho que essa reformulação não passa pela seleção brasileira, ela deve passar pelo futebol brasileiro. É um retorno do Dunga, que talvez não devesse sair, até para ter uma continuidade. Ele caiu contra a Holanda na penúltima Copa, mas vinha obtendo bons resultados até aquele momento. Então a reformulação tem de passar pelo futebol, a seleção brasileira tem que ser tratada de outra forma.

 

Você acredita que o futebol brasileiro está realmente atrasado em comparação ao europeu?

Muito atrasado, em vários fatores e sentidos, mas temos a condição de buscar nos aproximarmos. Temos um grande atraso principalmente no quesito formação, precisamos trabalhar nisso para diminuir essa distância entre o nosso futebol e o da Europa.

 

Mudando um pouco de assunto, para falar da sua carreira, como foram os 8 anos que você passou no Fenerbahçe, na Turquia?

Foi bem louco, um ano antes da minha chegada os turcos já me conheciam. Então quando eu cheguei lá eu já era tratado como ídolo. Também tive a grande felicidade de ter outros três brasileiros no time, que, com seus familiares, ajudaram muito a mim e à minha família. Essa idolatria do povo turco já passou a aumentar no meu primeiro ano, que foi muito bom, e seguia crescendo cada dia mais. É um povo que quando gosta, gosta muito, e eu tive a felicidade de eles gostarem bastante de mim e da minha família. Então realmente foram 8 anos e meio fantásticos, do momento que eu cheguei ao que eu sai. Só trago comigo coisas boas.

 

Como você definiria sua volta ao Coritiba?

Com satisfação, voltei porque era um desejo meu de criança. Quando fui para o Palmeiras em 1997 sempre me imaginei retornando e jogando meus últimos jogos com a camisa do Coritiba. Claro que nesses últimos dois anos tiveram momentos de várias dificuldades, hoje enfrentamos um momento de dificuldade, mas, para mim, a satisfação pessoal vale tudo isso. Encerro minha carreira em dezembro de uma maneira bem satisfatória, principalmente porque vou acabar da maneira que eu imaginei, jogando pelo meu clube, o Coritiba, e isso me traz uma alegria imensa.

 

E o objetivo agora até o final do ano, para encerrar a carreira, é tirar o Coritiba da zona de rebaixamento?

É manter o Coritiba na primeira divisão, esse é o nosso objetivo. Infelizmente o ano não tem sido o melhor possível, não tem sido o imaginado, então para que a gente termine com ao menos uma boa recordação do ano, manter o Coritiba na primeira divisão é o principal objetivo.

 

Quais são seus planos para o futuro? Você pretende continuar de alguma forma no futebol?

Sim, pretendo ser treinador. Já estou fazendo algumas pesquisas sobre quando vão iniciar os cursos para treinador a partir do ano que vem. Se eu tiver oportunidade já começo em janeiro ou fevereiro e então imagino buscar minha condição legal de treinador em cerca de dois anos.

 

Pode se dizer que um dos seus sonhos é ser treinador do Coxa?

Não, não vou nem passar perto do Coritiba. Percebi que jogando futebol não dá para ter muito essa relação de paixão e profissão. Na minha cabeça hoje, não me imagino dirigindo o Coritiba.

 

A entrevista também está em vídeo:

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