Wanderlei Silva comemorou, em maio, a revogação de seu banimento do MMA na Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) – o principal órgão regulador do esporte no mundo. Enquanto aguarda uma nova audiência do seu caso, o ex-lutador falou ao blog.
Ainda amarrado contratualmente ao UFC, situação que ele briga na Justiça para reverter, o paranaense culpa o campeonato por um declínio do esporte após quando desembarcar no Brasil, em 2011.
Relembre a trajetória de Wanderlei Silva
“Cortei relações [com o UFC] porque não concordo com a política vigente. O esporte está decaindo, você pode ver… Em qualidade técnica, em audiência. Não estão mais conseguindo mexer com a massa como antes. Estão acabando com um trabalho de muitos anos”, afirmou.
Wanderlei, que sonha em criar um sindicato de atletas, cita o exemplo da NFL (liga de futebol americano) como modelo. Principalmente por conseguir negociar em bloco.
“Todo esporte que passa na televisão nos Estados Unidos tem um sindicato, menos o nosso. Estive com o presidente do sindicato dos atletas. Ele mostrou que o valor do contrato de videogame que eles conseguem é dividido entre os jogadores, com uma porcentagem para o time e para o sindicato. Mas a maior parte fica para os atletas”, conta.
“Do contrato do videogame do UFC [com a EA Sports] eu ganhei US$ 5 mil [cerca de R$ 15 mil]. E isso que não são 500 jogadores, como na NFL. Isso não é justo”, disparou.
O acordo do campeonato com a marca de roupas Reebok também entrou na pauta. A partir de 11 de julho, os lutadores não poderão exibir marcas em suas roupas ou banners. Tudo será controlado pelo UFC, que vai repassar os valores de acordo com a tabela abaixo:
Campeões – US$ 40 mil; Desafiantes – US$ 30 mil; +21 lutas – US$ 20 mil; 16-20 lutas – US$ 15 mil; 11-15 lutas – US$ 10 mil; 6-10 lutas – US$ 5 mil; 0-5 lutas – US$ 7,5 mil.
“Os caras [lutadores] são tão bravos para algumas coisas, mas tão mansos para outras. O UFC está os tratando igual índio, dando presentinhos. Ganhar US$ 15 mil por luta não é nada”, disparou.
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